
En
Portugal, país aferrollado polas políticas lesivas da Troika, tamén naceron
illas de liberdade ao longo destes últimos anos. Movementos como “Que se lixe a
Troika” demostráronnos que outro mundo é posíbel. Fago miñas as verdades do seu
manifesto fundacional:
“É preciso fazer qualquer coisa de
extraordinário. É preciso tomar as ruas e as praças das cidades e os nossos
campos. Juntar as vozes, as mãos. Este silêncio mata-nos. O ruído do sistema
mediático dominante ecoa no silêncio, reproduz o silêncio, tece redes de
mentiras que nos adormecem e aniquilam o desejo. É preciso fazer qualquer coisa
contra a submissão e a resignação, contra o afunilamento das ideias, contra a
morte da vontade colectiva. É preciso convocar de novo as vozes, os braços e as
pernas de todas e todos os que sabem que nas ruas se decide o presente e o
futuro. É preciso vencer o medo que habilmente foi disseminado e, de uma vez
por todas, perceber que já quase nada temos a perder e que o dia chegará de já
tudo termos perdido porque nos calámos e, sós, desistimos”.